Participou da exposição individual
O professor deverá ser o último a se retirar,
mesmo nos dias de chuva,
pela Temporada de Projetos do Paço das Artes - 2019
Participou da exposição individual
O professor deverá ser o último a se retirar,
mesmo nos dias de chuva,
pela Temporada de Projetos do Paço das Artes - 2019
Participou da exposição individual
Capítulo 1: O corpo mente menos que as palavras,
na Oma Galeria - São Bernardo do Campo - SP - 2018
Participou da exposição individual
Capítulo 1: O corpo mente menos que as palavras,
na Oma Galeria - São Bernardo do Campo - SP - 2018
Participou da exposição individual
Capítulo 2: O professor deverá ser o último a se retirar, mesmo nos dias de chuva,
na Casa do Olhar Luiz Sacilotto - Santo André - SP - 2018
Participou da exposição individual
Capítulo 2: O professor deverá ser o último a se retirar, mesmo nos dias de chuva,
na Casa do Olhar Luiz Sacilotto - Santo André - SP - 2018
Participou da exposição individual
Capítulo 2: O professor deverá ser o último a se retirar, mesmo nos dias de chuva,
na Casa do Olhar Luiz Sacilotto - Santo André - SP - 2018
Instalação
Instalação [detalhe]
Instalação
Instalação [detalhe]
Casa do Olhar Luiz Sacilotto | Santo André - SP | 2018 | curadoria Julia Lima
Desenho Livre - 1988 - documento do artista como aluno - 40x30cm Discurso de formatura - 1991 - documento do artista como aluno/orador - 40x30cm
Casa do Olhar Luiz Sacilotto | Santo André - SP | 2018 | curadoria Julia Lima
Casa do Olhar Luiz Sacilotto | Santo André - SP | 2018 | curadoria Julia Lima
Sabemos que a escola pode ser um espaço de fomento à criatividade, às descobertas, à experimentação e à expansão dos saberes, mas é igualmente verdade que ela também pode ser um lugar de controle, de endurecimento e de repressão. Essas forças antagônicas que operam no ambiente escolar não se manifestam apenas na vivência dos alunos – hoje elas são presentes, com idêntica intensidade, na atuação dos professores, na vigilância implacável de cada palavra, cada ação e cada aula.
No nosso tempo, o livre pensar se vê crescentemente circunscrito: escolas sem partido estão repletas de religião; discussões e materiais didáticos sobre diversidade sexual são desonestamente chamados de doutrinação; e disciplinas que poderiam ampliar os horizontes, promover o questionamento, e alimentar a criatividade e singularidade são o mais recente alvo do desmonte sistemático do ensino. Em meio a esse contexto trágico, não há postura mais radical do que enfrentar esse sistema de forma independente – seja como professor, seja como artista.
Nesta exposição encontramos trabalhos que se ancoram numa linha tênue e borrada entre essas duas formas de agir no mundo. Bruno Novaes atuou como professor de arte por vários anos em escolas particulares, lidando com alunos do Ensino Fundamental e Médio. Em paralelo, vem desenvolvendo uma pesquisa artística própria, uma produção pautada no desenho, aquarela, escrita, e em suportes tridimensionais como objetos e instalações. No entanto, essas duas ocupações sempre se confundiram e se contaminaram: seus trabalhos são construídos a partir de vivências pessoais, tanto quanto de apropriações das experiências em sala de aula – inclusive realizando trabalhos em colaboração com seus alunos.
Contudo, houve um momento em que essas duas vidas não puderam mais coexistir, em um choque irreconciliável entre a esfera privada e a figura pública do docente. Esta exposição é, assim, como um segundo capítulo na grande narrativa da pesquisa do artista: a primeira parte apresentada sob o viés das relações pessoais, “Capítulo 1: O corpo mente menos que as palavras”, explorava desenhos e aquarelas sobre encontros românticos e experiências sociais; agora, sob a perspectiva da colisão dessa dimensão com a persona do professor, Novaes traz trabalhos inéditos que refletem sobre o papel da escola, do aluno, do mestre e da arte na rede de produção de significados em que todos nós estamos inseridos. Por meio de brincadeiras, simulacros, provocações e resgates históricos, o artista nos convida a pensar sobre todas as regras invisíveis ou disfarçadas que formatam o ensino no Brasil, revelando as rachaduras, abismos e falências que permeiam todo o sistema. Diante desse cenário, deve mesmo o professor ser o último a se retirar?
Julia Lima
Para a exposição Capítulo2: O professor deverá ser o último a se retirar,
mesmo nos dias de chuva
na Casa do Olhar Luiz Sacilotto/SP - 2018
desde 2015
Desenhos e anotações em esferográfica,
corretivo e carbono sobre papel
Encadernações em capa dura tipo brochura
16 volumes atualmente
34 x 22cm cada volume
quantidade de páginas variada
2018
Grafite e lápis de cor sobre papel
48 páginas
28x22cm
+ cópia de exposição
2017
Fichas remissivas ressignificadas por estudantes em ano de formatura
81 fichas de 10x13cm
caixa: 11x15x14cm
desde 2017
Confissões pessoais e anônimas repetidas como exercícios de caligrafia
feitas pelo público a partir de instruções de uso na exposição
Esferográfica sobre papel e encadernação capa dura tipo brochura
51 volumes atualmente
15x21cm cada volume
Manual de conduta de corpo docente
2018
[livreto]
Reprodução digital em offset
12 páginas
15x10cm - distribuição gratuita
2018
Instalação sonora
300 quilos de giz branco de lousa e
50 minutos de áudio em looping com depoimentos de professores que foram censurados e/ou discriminados
Dimensões variáveis
trecho do áudio