Participou da exposição individual
O professor deverá ser o último a se retirar,
mesmo nos dias de chuva,
pela Temporada de Projetos do Paço das Artes - 2019
Participou da exposição individual
O professor deverá ser o último a se retirar,
mesmo nos dias de chuva,
pela Temporada de Projetos do Paço das Artes - 2019
Participou da exposição individual
Capítulo 1: O corpo mente menos que as palavras,
na Oma Galeria - São Bernardo do Campo - SP - 2018
Participou da exposição individual
Capítulo 1: O corpo mente menos que as palavras,
na Oma Galeria - São Bernardo do Campo - SP - 2018
Participou da exposição individual
Capítulo 2: O professor deverá ser o último a se retirar, mesmo nos dias de chuva,
na Casa do Olhar Luiz Sacilotto - Santo André - SP - 2018
Participou da exposição individual
Capítulo 2: O professor deverá ser o último a se retirar, mesmo nos dias de chuva,
na Casa do Olhar Luiz Sacilotto - Santo André - SP - 2018
Participou da exposição individual
Capítulo 2: O professor deverá ser o último a se retirar, mesmo nos dias de chuva,
na Casa do Olhar Luiz Sacilotto - Santo André - SP - 2018
Instalação
Instalação [detalhe]
Instalação
Instalação [detalhe]
A tarefa de se juntar com um colega para realizar um trabalho, o trabalho em dupla, tão familiar ao ambiente escolar, pareceu um bom jeito de falar sobre as várias formas de encontro entre dois elementos, que – sejam iguais, diferentes ou complementares – se empenham na construção conjunta de algo. Esse, que é um dos primeiros exercícios de alteridade ao qual somos submetidos, atua como espinha dorsal desta exposição, que já nasce como duplo: ao mesmo tempo que os trabalhos de Bruno Novaes são expostos no Espaço Marco do Valle, também é exibido o Diário 366, no MAC-Campinas.
E é isso que nos faz começar pelo Apêndice. O que geralmente vem no final dos livros, aqui é o nome de dois trabalhos que aparecem logo no início da exposição. O primeiro remete ao Diário 366, apresentado a apenas 600 metros daqui. Uma fotografia de um pai ensinando a um filho é posta ao lado de uma página pautada com campos para preencher data, local, assunto e participantes de um dado compromisso. De um lado, a transmissão calorosa de saberes, do outro, a rigidez das reuniões de negócios agendadas. O segundo Apêndice, decompõe a imagem paternal do primeiro. Os planos da fotografia são desagregados e aparecem em uma espécie de radiografia que chama atenção para a construção visual da cena. Elementos como roupas, gestos e sombras, se destacam como veículos dos conhecimentos legados que formam o sujeito, pela aceitação ou pela recusa.
Então, são evidenciados os primeiros duos: as duas exposições, os dois trabalhos de mesmo nome, a fotografia e a agenda, o pai e o filho, eu e você, que está lendo; o artista e eu, que escrevo. Conforme adentramos as salas, vemos mais pares, dualidades e antíteses que se atravessam ou se confundem. O professor e o aluno, o exemplar e o falho, a obra e o público, o artista e a curadora, o souvenir e a lembrança, os antônimos, o observador e o observado, a construção e a desconstrução, o objetivo e o subjetivo, o documento e as entrelinhas não ditas, entre outras relações que somos convidados a procurar. Seja quando duetos ou quando duelos, os diálogos não são suaves. Requerem negociação, concessão e conciliação, e alguns encontros geram embates que promovem mais limites que potencialidades.
Dentre as relações investigadas nas obras, predomina a mão dupla formada pelo ensino e pela aprendizagem, que são olhadas por Novaes nas maneiras como acontecem – e como aconteceram no passado – na esfera formal e também no âmbito informal. As construções de subjetividade são exploradas, nas maneiras como se dão a partir de relações familiares, profissionais e afetivas, bem como a partir das imagens que nos cercam e dos objetos de consumo. Entre a reflexão e a interação, o trabalho de Novaes nos ensina na mesma medida que aprende conosco, lançando constantemente perguntas sobre os diversos lugares e agentes da educação. Quem pode ensinar? Quem pode aprender? Onde se pode ensinar? Onde se pode aprender? E quais são os conteúdos que ensinamos e aprendemos?
Érica Burini
texto para Trabalho em Dupla
exposição individual
Espaço Marco do Valle - Campinas - 2022
Enleio: simpatia para fazer sobreviver
2022
escultura em resina quebrada, taça de vidro quebrada e novelo de cabelo expelido por rodízio de cadeira.
20x20cm.
2021-2022
recorte de material educativo
da década de 1960,
nanquim sobre papel algodão
e prendedor metálico.
13x16cm cada
2022
desenho cego com giz sobre partes de carteiras escolares e estrutura metálica de carteira escolares.
dimensões variadas
2020
ardósia, peroba, giz branco de lousa e participação do público
120x100x60cm
confecção: Gustavo Lourenção