Participou da exposição individual
O professor deverá ser o último a se retirar,
mesmo nos dias de chuva,
pela Temporada de Projetos do Paço das Artes - 2019
Participou da exposição individual
O professor deverá ser o último a se retirar,
mesmo nos dias de chuva,
pela Temporada de Projetos do Paço das Artes - 2019
Participou da exposição individual
Capítulo 1: O corpo mente menos que as palavras,
na Oma Galeria - São Bernardo do Campo - SP - 2018
Participou da exposição individual
Capítulo 1: O corpo mente menos que as palavras,
na Oma Galeria - São Bernardo do Campo - SP - 2018
Participou da exposição individual
Capítulo 2: O professor deverá ser o último a se retirar, mesmo nos dias de chuva,
na Casa do Olhar Luiz Sacilotto - Santo André - SP - 2018
Participou da exposição individual
Capítulo 2: O professor deverá ser o último a se retirar, mesmo nos dias de chuva,
na Casa do Olhar Luiz Sacilotto - Santo André - SP - 2018
Participou da exposição individual
Capítulo 2: O professor deverá ser o último a se retirar, mesmo nos dias de chuva,
na Casa do Olhar Luiz Sacilotto - Santo André - SP - 2018
Instalação
Instalação [detalhe]
Instalação
Instalação [detalhe]
foto: estúdio em obra
foto: estúdio em obra
foto: estúdio em obra
foto: estúdio em obra
Carta a Bruno Novaes (ou estudos do tempo)
Querido Bruno,
Nos conhecemos por volta de 2015, em um período inicial de nossas práticas. Outro momento do país, quando tudo parecia mais promissor, estável e contínuo. Algo que, sabemos, não se confirmou com os desmoronamentos dos últimos anos. Naquela época, você incorporava seu trabalho como professor na própria materialidade dos seus trabalhos artísticos, levando a uma série de indagações sobre essas relações e também a um movimento autorreflexivo. Agora, em 2022, muitos outros assuntos, procedimentos e experiências constituem o corpo do seu trabalho e para essa exposição nós assumimos, desde o início, uma dinâmica espiralar, embaralhando tempos e escalas, mas preservando o fundo intimista que marca a sua produção. Aquarelas apenas. Desde um trabalho de 2013, em que três pernas são desenhadas em uma visão de baixo para cima, como alguém que espiasse pelos vãos das divisórias de banheiros públicos, até trabalhos deste ano que estavam no ateliê, como a Coluna-raiz. Historicamente, a aquarela foi relegada ao estatuto de estudo, talvez por sua praticidade de construção, já que a mistura de água e pigmento é o recurso mais elementar para a fixação da cor no papel, e os diferentes usos sociais dessa técnica estão no imaginário do seu trabalho, desde ilustrações de livros infantis até os desenhos botânicos. Pequeno jardim de delicias é uma catalogação de flores que têm potencial tóxico, gerando a encruzilhada ‘beleza x veneno’. E como as coisas são organizadas? Pergunta intrínseca a uma série de trabalhos com calendários, mapas, réguas, ou um inusitado jogo-do-bicho que inclui um ornitorrinco, nos quais a presença de grids buscam esquadrinhar o mundo, mas demonstram os limites internos do método classificatório. E aquilo que escapa, não cabe ou mistura muitas categorias? Uma dupla de trabalhos que representam Quartinhas, esses objetos relacionados ao processo de iniciação na Umbanda, demonstram como outras formas de pensar, como os afetos, sua experiência com a espiritualidade, ou a poesia, orientam o trabalho, para além da racionalidade ocidental. Não à toa o contraste entre palavras e frases também é uma constante. E se peixes quisessem voar como pássaros? E se batatas e azeitonas se movessem como quadrúpedes? No limite, e se nós fôssemos outras coisas para além daquilo que sabemos? Na parede em frente à porta de entrada, colocamos Nota [para escola de faz-de-conta], que representa um lembrete no qual está escrito “morada, vida, mundo, casa de festas (tempo / suspenso)”, em formato de equação. Uma espécie de sinopse ou síntese do conjunto, que, em sua variedade, mostra os tantos procedimentos que você manipula com a aquarela. Além das diversas associações entre os signos e narrativas elencados, nos interessa uma temporalidade múltipla, que é assinalada pelo título da mostra:coir. Ir junto. Ir ao mesmo tempo. Neologismo adaptado do francês e que vem de sua leitura de Coir: álbum sistemático da infância, de René Schérer e Guy Hocquenghem, traduzido na tese de Eder Amaral e Silva. A elaboração dessa exposição tem nos feito pensar como as coisas, humanas e não humanas, são formadas e sobre aquilo que não cabe nas categorias “formais”. Nos supermercados não vemos as bananas ou cenouras que nascem grudadas umas nas outras. Nossos corpos, como pessoas cuir, também tendem a não caber. Formação é um processo contínuo que, longe da noção idealista de que se chegará a um projeto acabado, implica incorporar, reagir e desviar dos acidentes de percurso. Espero que essa exposição abra novas voltas, articule outras perguntas e resgate pontas soltas na sua prática.
Um abraço
Leandro Muniz
para a exposição COIR
na Bianca Boeckel Galeria - São Paulo - SP - 2022
costumes y disfarces 2022 aquarela sobre papel algodão 56x76cm
tripé (2013) aquarela sobre papel 15x10cm (30x27cm moldura)
quartinhas 2020 aquarela e grafite sobre papel 21x15cm cada
costumes y disfarces 2022 aquarela sobre papel algodão 56x76cm
coluna-raiz
2022
aquarela de pigmento mineral e grafite aquarelável
sobre papel algodão
tríptico
99x22cm
Monstruário
2022
aquarela sobre papel algodão
díptico
26x33cm
costumes y disfarces
2022
aquarela sobre papel algodão
56x76cm
Tripé
2013
aquarela sobre papel
30x27cm
Amabilis
2022
aquarela sobre papel algodão
36x26cm cada
peixe-pássaro
2021
aquarela sobre papel algodão
36x26cm